No último domingo manifestantes pró-legalização da maconha foram às
ruas. A discussão desse tema é válida desde que usados argumentos corretos. Há
quem afirme o absurdo de que a maconha é natural e, portanto, não faz mal. Dizem também que
é um santo remédio! Se fosse assim,
poderíamos experimentar também plantas como a cicuta, a “comigo-ninguém-pode”, a
mandioca brava e cogumelos psicodélicos, todas naturais.
A maconha é uma droga mais leve, porém está longe de ser inofensiva. Seu efeito deletério sobre a memória está comprovado, sobretudo quando o uso inicia-se na adolescência. Além disto, favorece o aparecimento e o agravamento de algumas doenças psiquiátricas. O cérebro do adolescente é especialmente vulnerável às drogas e propenso à dependência, inclusive ao álcool e à maconha.
Quanto ao uso medicinal, só irá usar maconha quem aceitar o ônus ou o bônus de ficar “chapado” como efeito colateral. O turismo da maconha medicinal já é uma realidade nos estados americanos que a legalizaram para este fim. Parece-me estranho que Aspen, uma sofisticada estação de esqui, seja um dos destinos mais procurados pelos supostos “doentes” que buscam a “cura pela erva”. Os cientistas mais renomados são contra o uso da planta fumada, um composto de 460 substâncias, para fins medicinais. Existem, no entanto, pesquisas promissoras utilizando-se apenas um de seus componentes, o Canabidiol, que quando isolado, deixa de ser maconha e passa a ser uma molécula como outra qualquer. Comprovada sua eficácia e segurança, a classe médica será favorável ao uso do canabidiol isolado como medicamento.
É correto afirmar que a legalização desvincularia a aquisição da maconha do ambiente do tráfico das drogas pesadas. O tráfico gera violência e criminalidade e é válido discutir se vale a pena combate-lo no caso de uma droga mais leve. No entanto, a exemplo do álcool, mesmo que a maconha só fosse liberada para maiores de 18 anos, como evitar que os adolescentes tenham acesso à droga? E quanto ao seu efeito entorpecente no trânsito? No Brasil, não há como controlar. Portanto, entre prós e contras, sou contra. Já temos o álcool, uma droga recreativa lícita causadora de acidentes de transito e acessível aos adolescentes. Não precisamos de mais uma.
A maconha é uma droga mais leve, porém está longe de ser inofensiva. Seu efeito deletério sobre a memória está comprovado, sobretudo quando o uso inicia-se na adolescência. Além disto, favorece o aparecimento e o agravamento de algumas doenças psiquiátricas. O cérebro do adolescente é especialmente vulnerável às drogas e propenso à dependência, inclusive ao álcool e à maconha.
Quanto ao uso medicinal, só irá usar maconha quem aceitar o ônus ou o bônus de ficar “chapado” como efeito colateral. O turismo da maconha medicinal já é uma realidade nos estados americanos que a legalizaram para este fim. Parece-me estranho que Aspen, uma sofisticada estação de esqui, seja um dos destinos mais procurados pelos supostos “doentes” que buscam a “cura pela erva”. Os cientistas mais renomados são contra o uso da planta fumada, um composto de 460 substâncias, para fins medicinais. Existem, no entanto, pesquisas promissoras utilizando-se apenas um de seus componentes, o Canabidiol, que quando isolado, deixa de ser maconha e passa a ser uma molécula como outra qualquer. Comprovada sua eficácia e segurança, a classe médica será favorável ao uso do canabidiol isolado como medicamento.
É correto afirmar que a legalização desvincularia a aquisição da maconha do ambiente do tráfico das drogas pesadas. O tráfico gera violência e criminalidade e é válido discutir se vale a pena combate-lo no caso de uma droga mais leve. No entanto, a exemplo do álcool, mesmo que a maconha só fosse liberada para maiores de 18 anos, como evitar que os adolescentes tenham acesso à droga? E quanto ao seu efeito entorpecente no trânsito? No Brasil, não há como controlar. Portanto, entre prós e contras, sou contra. Já temos o álcool, uma droga recreativa lícita causadora de acidentes de transito e acessível aos adolescentes. Não precisamos de mais uma.
Dra. Lucia Machado Haertel - Neurologista Infantil e da Adolescência
Clínica Neurosaúde-Blumenau (47)33221522
Clínica Neurosaúde-Blumenau (47)33221522
Publicado no Jornal de Santa Catarina em 27/05/2014
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,182,4510530,24405
Publicado no jornal "O Tempo"de Belo horizonte em 09/06/2014
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,182,4510530,24405
Publicado no jornal "O Tempo"de Belo horizonte em 09/06/2014